sábado, 6 de agosto de 2011

Em meio a novas instabilidades, Obama diz que ‘coisas vão melhorar’

Presidente dos EUA afirma que país tem que "fazer ainda melhor" do que criar 117 mil empregos, como aconteceu no mês passado

BBC Brasil | 05/08/2011 14:50

Foto: Getty Images Ampliar
O presidente americano Barack Obama
Em meio a novas instabilidades em bolsas de ações de todo o mundo, o presidente americano, Barack Obama, afirmou nesta sexta-feira que "as coisas vão melhorar" na economia dos EUA.
"Vamos atravessar isso juntos. As coisas vão melhorar", disse ele, que comentou os dados divulgados nesta sexta-feira que mostram que foram criados 117 mil empregos no país, reduzindo o desemprego de 9,2% para 9,1%.
"Temos que fazer ainda melhor que isso", disse o presidente americano.
Os mercados de ações em todo o mundo mostraram breves sinais de recuperação com a divulgação dos dados americanos - o índice Dow Jones abriu em alta de 0,5% -, mas prosseguem instáveis.
Após breve recuperação, o índice FSTE de Londres e o Dax de Frankfurt logo caíram, fechando em queda de cerca de 2,7% cada.
Mais cedo, as bolsas asiáticas fecharam em forte queda: no Japão, as perdas do principal índice foram de 3,4%. A bolsa da Coreia do Sul caiu 3,7%, a da Austrália fechou em baixa de 3,9% e Hong Kong teve queda de 4,4%.
Europa
Nas últimas 24 horas foram registradas quedas em vários mercados em meio a uma crise de confiança sobre a resposta da zona do euro para a crise e a lentidão da recuperação das economias europeias e americana.
"Temor é a palavra-chave. As pessoas estavam cautelosamente otimistas de que conseguiríamos voltar aos trilhos no segundo semestre, mas com a recuperação dos Estados Unidos estancando e as possíveis repercussões disto para a economia global, as bolsas têm operado sob pressão já há algum tempo", disse à BBC David Cohen, da consultoria Action Economics.
Mais cedo, na sexta-feira, o comissário de assuntos econômicos e monetários da UE, Olli Rehn, disse que as quedas seriam "incompreensíveis" e "não justificada pelos princípios da economia", especialmente na Itália e Espanha, os últimos focos de preocupação dos investidores.
"A vontade política de defender o euro não pode ser subestimada", disse ele, que ressaltou que as medidas para melhorar o escopo e a eficiência do fundo de resgate de 440 bilhões de euros, o Fundo Europeu para Estabilidade Financeira, devem ser postas em vigor em setembro.
Na quinta-feira, Wall Street teve o pior dia em mais de dois anos. Os preços do petróleo e até do ouro caíram.
Ações de montadoras, firmas de commodities, mineradoras, bancos e negócios imobiliários não escaparam do clima negativo nos mercados.

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